Raças violentas e reforço positivo: como a criação influencia o comportamento do cão

Infelizmente, é comum vermos casos de ataques de cães. Fatos assim levantam questionamentos sobre a origem da violência animal, se é algo ligado à criação do animal ou se é genético. 

Neste artigo, vamos te falar que a genética pode sim influenciar o comportamento do cão, mas a forma como o peludo é criado acaba sendo muito mais significativa, especialmente em raças que possuem histórico de agressividade. 

É importante destacarmos desde o início que a agressividade não é uma característica inerente à raça, mas sim resultado de uma combinação de fatores, incluindo a criação e o ambiente em que o animal vive. Leia o artigo abaixo: 

O que é o reforço positivo 

As raças mais conhecidas por terem comportamento agressivo são Pit Bull, Rottweiler, Fila, Dogo Argentino, Doberman e Pastor Alemão. Muitas pessoas têm medo de se aproximar ou até mesmo de ter um animal destas raças por causa desse estigma.

A verdade é que, com o treinamento certo, esses cães podem ser animais de estimação amorosos e gentis.

O reforço positivo, por exemplo, é uma técnica de treinamento que se baseia em recompensar o bom comportamento do animal, em vez de punir o comportamento indesejado. Isso significa que, quando o animal realiza uma ação correta, ele é recompensado com algo que ele gosta, como um petisco, afago ou elogio verbal.

Essa técnica é comprovadamente eficaz e pode ser usada desde os primeiros meses de vida do animal. Na verdade, quanto mais cedo o treinamento começar, melhor será o resultado. 

Quais são as raças consideradas violentas no Brasil? 

Existem algumas raças de cães que são consideradas potencialmente perigosas, como Pit Bull, Rottweiler, Doberman Pinscher, entre outros. Elas estão classificadas pela legislação brasileira que regulamenta o uso de focinheiras em cães considerados perigosos, a Lei nº 13.426/2017. 

Essa lei foi criada com a finalidade de estabelecer que cães destas raças devem usar focinheira em locais e vias públicas, além de serem mantidos em guias curtas e resistentes. O objetivo é garantir a segurança da população e prevenir ataques de cães potencialmente perigosos.

Influência da genética no comportamento do animal

Muitos dizem que cães das raças citadas acima nascem violentos por causa da genética. Em partes, a genética traz algumas características ancestrais comportamentais para os cães, mas isso não significa que eles nasçam violentos. A agressividade em cães pode ser influenciada por diversos fatores, como a criação, o ambiente em que vivem, a socialização e o treinamento. 

Portanto, é importante que os tutores desses cachorros estejam cientes desses fatores e se dediquem a criar um ambiente saudável e seguro para seus animais de estimação. Assim, a demonstração desses instintos fica mitigada pelas doses de amor.   

Como encontrar um adestrador positivista 

Para encontrar um adestrador positivista, é importante fazer uma pesquisa cuidadosa. Uma boa maneira de começar é perguntar a amigos, familiares ou veterinários de confiança. Além disso, você pode pesquisar na internet, desde que se atente às avaliações e converse com o profissional.

Isso porque é importante considerar sua experiência e qualificações a fim de certificar que o adestrador tem um histórico comprovado de treinamento bem-sucedido e que seja certificado por uma organização reconhecida na área. 

Outro fator importante a ser considerado é a abordagem do adestrador. Converse sobre as técnicas de treinamento baseadas no reforço positivo e que não utilize punições ou métodos aversivos. Afinal, um bom adestrador positivista deve ser capaz de explicar claramente sua abordagem e como ela funciona.

Por fim, é importante que você se sinta confortável com o adestrador escolhido e que ele seja capaz de se comunicar claramente com você e com o seu animal. Lembre-se de que o treinamento é uma jornada contínua e que você precisará trabalhar em conjunto com o adestrador para alcançar os resultados desejados.

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